Grupo de mulheres supera barreiras e comanda empresa de segmento metalúrgico
Das três irmãs, duas cursaram Engenharia Mecânica na UniSATC
A inserção feminina no mercado da Engenharia Mecânica vem ultrapassando barreiras, superando preconceitos e, aos poucos, mulheres conquistam espaço na profissão que, predominantemente, é ocupada por homens. A carreira que antigamente era vista como exclusiva do sexo masculino, agora também é uma possibilidade para aquelas que se identificam com a área. E, apesar das dificuldades, em algumas empresas já são as mulheres que ocupam os postos de comando.
As irmãs Joana, Vanessa e Sonara Pierini são um exemplo disso. Elas estão no comando de uma empresa que já atua no setor metalúrgico há mais de 15 anos. Duas delas, cursaram Engenharia Mecânica na UniSATC. “O maior desafio enfrentado por nós neste segmento é referente aos pensamentos pré-concebidos devido a área de atuação da mulher no mercado de trabalho, além da pouca representatividade de mulheres inseridas neste setor”, destaca Vanessa.
Já para Joana, o que vai definir o sucesso profissional é a capacidade individual de cada pessoa e não o gênero. “É saber trabalhar em equipe, se aprimorar e buscar desenvolver novos métodos e sistemas que melhorem o mercado de trabalho”, ressalta. Segundo ela, é importante a participação do sexo feminino atuando na engenharia, para assim, incentivar novas mulheres a trabalharem nesta área.
A profissão pode causar um certo receio em mulheres no início, mas as irmãs afirmam que com o tempo o medo é vencido pela vontade de crescer. “Administrar e gerenciar uma empresa no setor metalúrgico é desafiador para mulheres, porém com o passar dos anos há maior aceitação e reconhecimento neste ramo”, garantem.
Em turma de 50 alunos, sete são mulheres
No curso de Engenharia Mecânica da UniSATC, a maioria das cadeiras ainda é ocupada por homens, mas o coordenador Luiz Carlos Cavaler conta que, mesmo que timidamente, a procura das mulheres tem aumentado. “Normalmente, em uma turma de 50 alunos, em torno de sete são mulheres”, informa.
De acordo com Cavaler, a visão de que o curso é voltado ao público masculino precisa ser revista. “As mulheres podem fazer exatamente o que fazem os homens, inclusive dentro das áreas das engenharias. Queremos que elas estejam sim mais presentes e que possam ocupar lugares de destaque na profissão”.
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